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Como provocar um líder diretivo a se tornar mais empático e construtivo?

Joy Baena
@joycebaena

Eu poderia começar esse artigo dando uma resposta simples: use as necessidades do líder como ponto de partida para a transformação. Mas, como colocar isso em prática?

Eu poderia começar esse artigo dando uma resposta simples: use as necessidades do líder como ponto de partida para a transformação. A grande pergunta é: como? 

No universo da inovação, existe uma regra: ter uma ideia é fácil, o difícil é colocar em prática. O mesmo vale para a resposta acima.

Quem já contratou uma oficina, mentoria ou laboratório de transformação da La Gracia sabe que nós, na verdade, nunca damos uma aula de roteiro, design, empatia, storytelling ou mindset. Que na verdade tudo isso é uma grande desculpa pra gente trabalhar algo muito mais profundo na comunicação: a conexão e relação entre pessoas e ideias.

Como melhorar a forma como o líder se comunica

 

O que quero dizer com isso? Quando você coloca uma pessoa para discutir uma apresentação e faz essa pessoa pensar sobre o que faz uma apresentação ser boa ou ruim, percebe que o principal fator de sucesso é a conexão e a compreensão que você gera. As ferramentas que usa, sejam elas as partes do discurso, as provocações, metáforas, história, roteiro, imagens, uso do powerpoint, cores, tom de voz ou postura, são apenas os ingredientes que, se bem escolhidos e executados darão origem a uma conexão, engajamento únicos e transformadores.

 

Mas então as ferramentas não importam?

Sim, importam! Mas usá-las com maestria passa por entender de verdade quem está na sua frente e adequar seu uso, de acordo com a pessoa ou situação.

Se eu tenho um líder diretivo na minha frente, eu tenho que entender a forma como ele pensa, sente e age. Eu tenho que entender o sistema que ele vive e principalmente, quais foram as experiências que esse líder viveu que o fizeram ser como está. Porque isso é o outro ponto, nós não somos, estamos. Isso é lei! Porque somos seres humanos em constante transformação e estamos sempre em processo.

 

O que transforma uma pessoa?

Quando a gente entende que estamos em processo, temos que nos perguntar: o que transforma uma pessoa? Um líder?Uma coisa posso te dizer com certeza, não é o conteúdo e muito menos, o que vem de fora.

Se você chega pra pessoa e diz:

Você é um ditador, precisa parar de fazer isso com as pessoas porque vai ficar sozinho! Sua verdade não é única! Você não consegue perceber isso? Por que você está tratando as pessoas assim? Não percebe que desse jeito ninguém vai fazer o que você quer e se fizer, vai ser por medo?

Todas essas estratégias são tão ditadoras e diretivas quanto a forma como ele está agindo. Falar essas coisas é promover um ataque pessoal, é julgar. Afinal, a gente quer gerar raiva ou transformação?

 

Como se transforma um pensamento ou um comportamento?

Você precisa fazer a pessoa passar por uma experiência, perceber, sentir e ressignificar algo que está dentro dela. E normalmente ela faz isso quando consegue enxergar que pode ser melhor.

Pense o seguinte, uma pessoa que passou a vida toda com pensamento diretivo, autoritário e ditador vai dizer que mudou pra alguém? Não! Primeiro ele percebe, sente e entra em conflito consigo mesmo. Esse processo é silencioso, demorado e muitas vezes, doloroso. Ele vai mudar primeiro por dentro e aos poucos, vai mostrando a mudança, em pílulas, do lado de fora. Vai experimentando aos poucos os novos modelos e comportamentos, sente que o feedback muda, vê que é bom pro outro e pra ele mesmo… experimenta, testa, vê que as vezes dá certo, as vezes nem tanto… aprimora aos poucos até que aquele novo comportamento seja introjetado e passe a fazer parte da sua vida.

 

Isso não acontece do dia para a noite

Esse processo inteiro e experiencial acontece dentro da gente. Muita gente quer inserir um pendrive com as novas diretrizes e comportamentos e no minuto seguinte, já ver a diferença. Impossível! Não somos máquinas. Aprendemos por experiência, vivência, conectando o que é novo com o que é velho e isso leva o tempo de cada um.

E quando eu falo em começar o processo de transformação pela necessidade do líder, o que quero dizer? Vamos supor que um líder diretivo está tendo um resultado baixo de engajamento porque suas comunicações são incompreensíveis, autoritárias ou objetivas demais. Traduzindo, ninguém faz o que ele fala porque não entende, mas não tem coragem de falar pra ele.

Você, como agente de transformação, pode perguntar a ele: gostaria de melhorar suas comunicações? Podemos chamar a La Gracia para capacitá-lo 😊.

Se houver interesse dele, teremos uma grande oportunidade de, ao trabalhar a apresentação, trabalhar escuta, empatia, conexão, visão sistêmica, interesse, compreensão e ação. Ao perceber o que funciona na apresentação, ele acaba levando isso pra tudo na vida.

 

Ao longo desses últimos 10 anos, foram muitos casos como esse

Um CEO de uma grande multinacional, depois de transformar um evento diretivo e conteudista numa experiência de troca e conexão, me disse que isso mudou a relação dele com a esposa e com o filho. Ele passou a perguntar muito mais ao invés de só trazer respostas prontas.

Um diretor de uma grande companhia aérea disse que, ao trabalhar a empatia no atendimento, percebeu como salvar o seu casamento de 35 anos. Ele disse: hoje consegui entender a minha esposa.

Um outro diretor de banco, me disse que, ao melhorar suas apresentações, conseguiu que o time entendesse um projeto que ele estava tentando implementar há mais de três anos. Ninguém topava porque não entendia. Quando ele adequou linguagem de acordo com o que eles sabiam, simplificou os termos e trouxe exemplos, todos falaram: porque você não disse antes?

E por último, um diretor de compliance e gestão de riscos formou um novo time que estava totalmente desconectado. Nós cocriamos com o grupo todo a apresentação da área e no final, ele disse que, se tornou frequente as pessoas procurá-lo para resolver os problemas de forma aberta e o melhor, começaram a convidá-lo para o happy hour depois do trabalho – coisa que não acontecia antes.

 

Transformar é um caminho longo, intenso e que nunca acaba

É preciso paciência para que o outro perceba, sinta, transforme e faça diferente. Quando o líder experimenta algo diferente e verifica que resultado é melhor pra ele e pra todo mundo, com certeza, a transformação acontece.

Bem, eu como sonhadora de um mundo mais empático e colaborativo, acredito de verdade que, quanto mais pessoas perceberem, sentirem e receberem o benefício da empatia e conexão, mais perto chegaremos de um mundo mais acolhedor e feliz.

 

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