La Gracia Humaniza

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Imagem meramente ilustrativa?

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A publicidade constrói cenários perfeitos e cria necessidades em seu publico, através de imagens. Em apresentações, nos livros e no cinema, também conseguimos envolver a audiência pelos olhos. Mas qual é o limite? Por se tratar de um recurso poderoso, deveria ser usado com responsabilidade?

Somos pessoas extremamente visuais. Mais da metade do nosso cérebro é reservado para fazer o processamento de imagens. Por isso, a comunicação, de uma maneira geral, utiliza esse recurso sem moderação.

A publicidade constrói cenários perfeitos e cria necessidades em seu publico, através de imagens. Em apresentações, nos livros e no cinema, também conseguimos envolver a audiência pelos olhos. Mas qual é o limite? Por se tratar de um recurso poderoso, deveria ser usado com responsabilidade?

Há alguns meses, foi lançado o documentário “Mulheres Brasileiras: Do Ícone Midiático à Realidade”, que questiona a imagem da mulher brasileira construída e explorada pela mídia nacional.

O trabalho chama a atenção para a visão simplista e machista do que seria o padrão de beleza da mulher brasileira e seu lugar na sociedade. E o que percebemos é o óbvio, que o que vemos todos os dias nos meios de comunicação não se assemelha em nada com a maioria das mulheres do lado de cá da tela fazendo com que a maioria do público não se identifique com o que assiste. Na publicidade esse pode até ser um caminho com bons resultados – para o anunciante, é bom que se diga – já que cria um padrão difícil de ser atingido e mantém as consumidoras em uma busca constante e cara por esse estereótipo. Já nas apresentações, essa pode ser uma escolha arriscada, pois é imprescindível que o público realmente se identifique com o que está sendo dito, o que dificilmente vai acontecer se você optar por esses padrões ao tentar representá-lo através de imagens nos slides (e aqui não estamos falando apenas das mulheres). Se não há conexão nem entre discurso e imagem, que dizer com relação ao público?

O público precisa se identificar com o que está sendo dito

Há também quem vá para o outro extremo da situação e tente combater o estereótipo… Com outro estereótipo! Não raro, ouvimos pedidos por imagens de famílias e pessoas “mais brasileiras”, mas convenhamos, o que isso quer dizer na prática? Porque o Brasil não tem uma cara definida. Encontramos brasileiros brancos, loiros de olhos claros, ruivos com sardas, morenos de olhos de jabuticaba, negros de cabelos cacheados, sanseis de cabelos lisos, mulheres com corpões e mulheres magrinhas… É uma mistura tão grande de tipos de brasileiros genuínos, que é difícil dizer o que seria uma pessoa “mais brasileira”.

A verdade é que representar toda essa diversidade pode realmente ser muito difícil e ao tentar fazer isso, mesmo sabendo que existe uma predominância, certos padrões, é fácil cair na armadilha de usar fotografias estereotipadas, para um lado e para o outro, ainda mais que elas existem aos montes nos bancos de imagem (pagos e gratuitos) disponíveis na internet. Como sempre, bom senso é tudo! Se não existe um único tipo de pessoa no público, observe, considere a diversidade de perfis e de conhecimentos, seja responsável, livre-se de pré-conceitos e faça escolhas melhores.

E aí? Qual imagem você quer deixar? Se te perguntarem, prefira a que seja meramente real.

Humanize as
apresentações, as
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na sua empresa.

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