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POR UMA LIDERANÇA MAIS INCLUSIVA

Joy Baena
@joycebaena

Para falar sobre uma liderança mais inclusiva, começo o texto de hoje com uma pergunta: “Por que é tão difícil lidar com o que é diferente de nós?”  Não tenho pretensão de responder, afinal, essa é uma pergunta daquelas bem cabeludas, que exigiria reunir filósofos para uma discussão longa e calorosa, regada a vinho e […]

Para falar sobre uma liderança mais inclusiva, começo o texto de hoje com uma pergunta: “Por que é tão difícil lidar com o que é diferente de nós?” 

Não tenho pretensão de responder, afinal, essa é uma pergunta daquelas bem cabeludas, que exigiria reunir filósofos para uma discussão longa e calorosa, regada a vinho e muitos charutos

Mas posso fazer algumas singelas provocações.

Vamos lá?

Nosso cérebro adora padrões e acomodações. Quer deixar o cérebro feliz? Crie hábitos e pratique.

Acorde no mesmo horário, tome seu café, seu banho, vá para o trabalho, encontre pessoas que pensam igual a você. Com certeza terá uma vida “Poliana” maravilhosa.

Agora, basta que entremos em um lugar desconhecido que o cérebro logo se estressa.

O café caiu na roupa, o chuveiro não funcionou, aquela apresentação pro chefão não ficou pronta a tempo … tudo isso pode nos tirar do eixo. Mas quer estressar o nosso amiguinho de verdade? Fique frente a frente com alguém que mexe com as coisas que ele acredita como realidades absolutas.

A busca por uma liderança mais inclusiva começa remexendo o lado de dentro.
A busca por uma liderança mais inclusiva começa remexendo o lado de dentro.

Alguns exemplos:

Você está diante do seu irmão mais velho, alguém que você e todos ao redor admiram e consideram muito inteligente. Aí seu cérebro começa:

Você não faz nada direito.

Tem que seguir o exemplo do seu irmão.

Que burro que você é.

Ou diante de um colaborador que está reclamando de algo. Está ali, sentada se esforçando para escutar o que ele está dizendo, mas lá no fundo, você fica pensando:

Homem não chora.

Isso tudo é muito mimimi.

Vulnerabilidade é fraqueza.

 

***
E se a gente abrir um pouco os olhos e enxergar como se formam os sistemas ao nosso redor?

Podemos ser surpreendidos pela quantidade de crenças que temos e que nem sabemos de onde vem. Coisas do tipo:

Por que eu tenho/ou já tive pensamentos racistas ou homofóbicos?

Por que eu tenho medo de andar na rua e dar de frente com um morador de rua?

Por que eu me irrito com as pessoas que acham que o outro partido político é melhor que o meu?

Por que me irrito quando quero que algo seja feito do meu jeito e a pessoa insiste em fazer do jeito dela?

E aqui podemos trazer uma outra pergunta:

Por que ao longo da vida vamos crescendo sem dedicar tempo para analisar nossas crenças de maneira profunda?

Ou seja, “por que eu penso o que penso sobre isso”?

Todas as vezes que me vem um sentimento de descontrole emocional diante de uma situação desconfortável, procuro olhar pra dentro e pensar:

Por que estou me sentindo assim?

Qual foi o gatilho?

Com qual crença isso mexeu?

De onde vem essa crença?

Ela nasceu de uma experiência minha ou foi algo implantado pelo sistema que vivo?

Faz sentido ainda pensar assim?

São perguntas que me ajudam a parar de agir no automático e me tornar mais curiosa sobre mim mesma. 

Outra coisa que procuro fazer é entrar mais no mundo da pessoa e entender melhor:

Porque ela pensa assim?

Quem é ela?

O que já viveu?

Quais são as experiências que a levaram a pensar assim?

E o principal: “não é contra mim”. As pessoas agem, em sua maioria, de forma inconsciente. Eu também ajo!!!

Mas o ponto é:

  • Isso basta pra gerar compreensão?
  • Direciona os olhos de quem vê para o que você quer mostrar?
  • Deixa clara a intenção da mensagem?
  • Deixa fácil de entender?
  • Faz sentido?

 

***
Para finalizar essa provocação por uma liderança mais inclusiva, é importante dizer que o medo é necessário!

O medo nos ajuda a nos protegermos do que pode colocar nossa vida em risco.

Mas é muito necessário, pelo menos pra mim, olhar ele de frente e enfrentá-lo, com coragem e curiosidade. Ir pra arena e assumir o risco de ser eu mesma, entendendo que estou, o tempo todo, construindo e desconstruindo eu mesma e tudo o que eu vejo ao meu redor.

Em resumo:

  • questionar minhas crenças;
  • ser mais curiosa sobre o porquê dos outros;
  • ouvir com atenção meus próprios sentimentos;
  • ser mais gentil comigo e com o outro;

tem me ajudado a ser mais inclusiva e entender a diversidade como algo fundamental para abrir meus próprios horizontes. 

Essas provocações são parte de discussões que temos nos encontros BAMBOO, onde criamos ambientes de confiança para que líderes e colaboradores possam conversar entre si e encontrar novas formas de lidar consigo mesmos, com os outros e com o mundo. 

Quer conhecer mais sobre o Bamboo? Veja este relatório que fizemos, a partir de algumas perguntas para vários profissionais do mercado, e se gostar da ideia, podemos tomar um cafezinho. Vamos lá?

Compartilhe, comente, me envie um e-mail que eu respondo.


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