Em 2019 impactamos diretamente mais de 6.000 pessoas por meio de cursos, palestras, eventos, encontros, e outras experiências que promovemos, sem contar as pessoas impactadas pelos nossos conteúdos online, como posts, podcasts e vídeos.
O termo “negócio de impacto” vem se popularizando, mostrando que uma mudança está em curso. Cada vez mais, pessoas e empresas têm se atentado a necessidade de assumir a responsabilidade pela mudança que queremos no mundo, seja por iniciativa própria ou por pressões externas (colaboradores, consumidores, investidores, etc). Assim, negócios têm surgido ou se transformado não só para atender demandas econômicas, mas também socioambientais.
Não creio que a La Gracia hoje se encaixe na definição do que é um negócio de impacto. É inegável, no entanto, que toda organização gera impactos. Ou seja, ainda que ela não tenha surgido com uma missão explícita de impactar positivamente a sociedade e o planeta, é fundamental que esteja atenta a como, dentro do seu negócio, ela pode buscar esse tipo de resultado, seja começando por diminuir o que é negativo ou potencializando aquilo que já faz de bom.
É a partir deste pensamento que, em 2020, quero refletir sobre os impactos que nós, La Gracia, enquanto negócio, causamos em 2019.
“Comunicação se aprende”
De certo modo, essa frase é a base do que a gente faz. Ela representa a luta pessoal dos sócios fundadores da La Gracia. Ao enfrentarem seus medos e dificuldades, eles descobriram uma coisa. Embora para alguns comunicar-se bem pode até ser um talento natural, para a maioria é uma habilidade que pode ser aprendida. E, também, que esse pode ser um passo fundamental para o crescimento e para a evolução, pessoal e profissional, como foi no caso deles.
A partir da ideia que “comunicação se aprende” passamos então a empoderar as pessoas a partir de um modelo de ensino e experiências de aprendizagem que tem, como principal objetivo, gerar reflexão e abrir espaço para novas formas de interação.
Dentro deste propósito, no ano de 2019 foram impactadas diretamente mais de 6.000 pessoas por meio de cursos, palestras, eventos, encontros, e outras experiências que promovemos, sem contar as pessoas impactadas pelos nossos conteúdos online, como posts, podcasts e vídeos.
Democratizando o acesso à informação
Um desafio que temos, hoje, é o de “democratizar” o acesso a tudo isso, já que nosso público, em geral, são colaboradores de grandes empresas. Infelizmente, muita gente, principalmente por questões financeiras, não têm a oportunidade de participar de algo assim. E, justamente por causa da boa comunicação (ou a falta dela), essas pessoas também não têm melhores oportunidades de emprego ou mesmo de levar um projeto adiante. Em 2019, tivemos algumas iniciativas nesse sentido, como a cessão de bolsas integrais tanto para nossos cursos presenciais como para os online.
E se impactar esse tantão de gente por si só já é motivo de orgulho, ao pensar em um negócio de impacto, existe um outro universo que um negócio deve estar atento. A começar pelos colaboradores, já que é só graças ao trabalho deles, levando toda sua humanidade e inconformismo para nossos clientes, é que esse número foi possível. O ano que passou foi intenso em muitos aspectos, o que fez chegarmos em 2020 com uma equipe extremamente unida, que acredita e compartilha do propósito da empresa. E, principalmente, feliz!

Quando falamos em pessoas, já citei aqui os nossos clientes e colaboradores, mas falta falar de uma parte importante dessa cadeia de valor: os fornecedores. É curioso como, há algum tempo, temos a prática de buscar por trabalhos mais artesanais. Desde a impressão de materiais em serigrafia à confecção de brindes e presentes, como ovos de páscoa e biscoitos no Natal, privilegiamos produtores locais e pequenos (por vezes individuais). Especialistas apontam a importância do consumo local para a economia, para a sociedade e para o planeta. Mesmo essa sendo uma prática não oficial, vale o reconhecimento e, inclusive, ter isto como um norte na hora de buscar parceiros e fornecedores. Atitudes como essa são um caminho para um negócio de impacto.
Por um mundo mais sustentável
Ainda dentro deste tema, vale destacar, por exemplo, a escolha de dois parceiros do R:evolucione, a série de eventos que promovemos anualmente: a Fruta Imperfeita, um delivery que trabalha com alimentos fora do padrão estético aceito, e por isso mesmo rejeitados nos mercados e normalmente desperdiçados; e o Meu Copo Eco, uma empresa B (selo que demonstra que a empresa tem como modelo de negócio o desenvolvimento social e ambiental) que fornece copos sob consignação para evitar o uso de descartáveis em eventos.
O grande barato é ver que com uma simples escolha, estimulamos atitudes igualmente sustentáveis nos participantes do evento, como nos mostra o depoimento abaixo:
“Amei os bloquinhos, copos e frutas, apresentando a sustentabilidade
com muito charme. Já vou multiplicar essa iniciativa!”
Em 2019, também, para a confecção de um brinde para o CBTD, o Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento, em que a Joy Baena participou palestrando, optamos por uma trabalhar com o projeto Mãos Que Libertam, que nasceu para ser uma contribuição viável e criativa de reaproveitamento de resíduos descartados, bem como a capacitação e geração de renda para as pré-egressas e reeducandas do CRF (Centro de Ressocialização Feminina de São José dos Campos), a partir da produção de peças com design diferenciado. Dessa parceria (que continua em 2020!) nasceu o jogo “Interaja Sem Medo!”.
Mais pro finzinho do ano, ainda, tivemos o Natal de Gracias, uma ação que incentivou a doação para projetos de impacto por meio do crowdfunding. Quem participou, comprou um acesso ao curso online “Plá” e ao comprovar sua doação levou outro acesso gratuito.
Ainda que não tenha tido o resultado esperado, a iniciativa nos ajudou a dar um importante passo no sentido do que este texto defende. Certamente vamos colher os aprendizados e repetir a dose em 2020.
Bem, depois de tudo isso, ficou a satisfação de termos pequenas sementes plantadas aqui e ali. Os resultados esperamos ver florescer em breve, seja pelo simples incentivo em fazer diferente, seja pelos impactados diretamente por cada uma destas ações. Que a caminhada continue em 2020!
E por aí, na sua empresa, o que tem sido feito? Conta pra gente?