Vamos melhorar nossas ferramentas de comunicação? Como está a comunicação dentro da sua empresa? Você sente que todos os setores estão alinhados ou as coisas parecem um tanto fora do lugar?
Você já deve ter notado que as falhas na comunicação são responsáveis por falta de entrosamento, baixo rendimento, conflitos e até desmotivação entre os membros de uma equipe.
Mas como para tudo existe solução, nesse artigo vamos munir você com ferramentas para melhorar a comunicação dentro da empresa, a partir do conceito de empatia, criando vínculo entre as pessoas e melhorando os resultados. Não se engane, não se trata de uma lista de “faça isso, não faça aquilo”, não existe mágica nem fórmula que sirva para todos os casos.
Como faço para melhorar as minhas mensagens?
O primeiro passo para desenvolver empatia nas organizações é bem simples: ouvir.
Acredite ou não, mas muitas vezes nossas mensagens não estão sendo claras unicamente porque não temos conhecimento sobre a(s) pessoa(s) com quem estamos falando.
Pense comigo: sem saber quem é o outro, quais são os desejos e anseios dele, não sou capaz de criar uma mensagem eficaz e que crie vínculo.
Então, uma das primeiras habilidades a ser desenvolvida é justamente melhorar nossa capacidade de absorção das informações. Apurar os ouvidos, melhorar o olhar, aprender a captar quais são os desejos do outro; enfim: ouvir.
Não fale sozinho
Nossa primeira abordagem desemboca nessa aqui. Você está falando para si mesmo, ou está se comunicando com o outro? Perceba, a empatia só acontece quando dois seres se conectam.
Muitas vezes, tomamos decisões, sugerimos ações ou apenas damos ordens em relação à assuntos dos quais nossos conhecimentos são limitados. Sem abertura para participação de outras pessoas.
Quantas vezes uma equipe de campo sofre com as decisões de um gerente que, de dentro o escritório, pode não ter os conhecimentos que o pessoal externo tem.
Para desenvolver a empatia nas organizações é imprescindível que as suas mensagens façam sentido para o outro. Veja bem: não se trata de simplesmente sentir o que ele sente, mas entender os caminhos por onde ele passa.
Crie o contexto
Decisões são tomadas dentro de cenários reais ou imaginados que fazem sentido em um determinado contexto. Quando for passar uma informação, definir metas ou apenas estipular novas maneiras de atuar, garanta que todos os envolvidos estejam contextualizados.
Explique o cenário, demonstre os porquês, faça-os entrar no mundo da decisão. É muito frustrante quando nós recebemos ordens ou informações completamente sem explicação.
Já percebeu como muitos alunos consideram as aulas de matemática tão difíceis? Justamente porque o grande fluxo de informações vem aparentemente de lugar nenhum e é destinado para fazer algo que ninguém sabe exatamente o quê.
Quando um aluno volta para casa se perguntando:”por qual razão eu preciso aprender isso?”Então nós temos um caso claro de falta de empatia. Evite que seus colaboradores se sintam do mesmo modo.
Garanta que todos saiam da reunião sabendo todas as respostas sobre o assunto. Se apenas uma pessoa sair da reunião pensando “Ok, mas por qual motivo vamos fazer isso?” Então você está com um problema na comunicação.
Respeite o tempo necessário
A empatia nas organizações não nasce com um estalar dos dedos. Existe um processo de movimento em busca dos resultados, são melhoras diárias, escorregões e eventuais correções de rota.
Sendo assim, nada de apressar os resultados e procurar medidas afobadas.
Também não adianta procurar nos resultados das outras instituições as respostas para os seus problemas. Embora exemplos sejam valiosos para o acúmulo de conhecimento, cada caso é único e cada empresa tem um tempo certo de maturação até que os objetivos sejam atingidos.
Lembre-se de ter uma visão abrangente
Estamos vivendo em um momento particularmente difícil para a empatia, de muito imediatismo. Para a empatia, o imediatismo é ineficaz. Sem empatia, a comunicação fica prejudicada, portanto, em efeito cascata, para a comunicação o imediatismo é uma ferrugem que corrói suas estruturas.
De mãos dadas com o imediatismo está uma perspectiva que em inglês leva o nome perfeito, short-sighted, a miopia, a visão curta.
É preciso ter uma visão sistêmica dos processos. Compreender que as grandes mudanças são feitas de pequenas vitórias pontuais. Ter em mente que nenhuma transformação significativa acontecerá sem o comprometimento coletivo.
Seja um ponto de conforto
A ideia não é que você saia andando pelo escritório distribuindo abraços. Tudo bem, você pode fazer isso, mas nós estamos falando de outra coisa.
Veja o seguinte exemplo: uma empresa está passando por um momento de transformação e diversos processos serão modificados. Para os funcionários mais antigos, essa parece uma péssima notícia, já que eles já estão acostumados com o “velho modo de fazer as coisas”.
Essa ansiedade pode gerar atritos e resultar em uma baixa no rendimento. Como resolver a situação?
Garanta que todos os funcionários antigos compreendam as razões das mudanças (crie contexto, lembra?) e esforce-se para que as informações fiquem claras. A informação costuma ser um remédio poderoso contra a ansiedade.
Ser o ponto de conforto é justamente ter a habilidade de detectar os pontos de ansiedade dentro do ambiente e agir, baseado em informações, para sanar o problema.
Pode distribuir abraços? Claro que pode. Mas tenho certeza que abraços sem informação não serão tão úteis, não à longo prazo.
Empatia é criar vínculos
Acreditamos que a construção de um mundo melhor passa pela nossa capacidade de estarmos abertos à empatia.
Chegou a sua vez de falar. Entre em contato conosco, mande uma mensagem, nós adoraríamos ouvir as suas experiências.
Deixo o convite para que você acompanhe as nossas publicações.