fbpx

La Gracia Humaniza

conteúdo

Sobre o garimpo de imagens

Luiz Grecov
@luizgrecov

Escrito por João Filho, designer e ilustrador O trabalho segue a tarde na companhia sonolenta de bocejos. Faz-se a hora de abandonar os Slides para uma visita a loja de conveniência ao lado do prédio da La Gracia; é preciso por cafeína para correr nas veias e desanuviar-se um tanto. Na companhia de colegas de […]

Escrito por João Filho, designer e ilustrador

O trabalho segue a tarde na companhia sonolenta de bocejos. Faz-se a hora de abandonar os Slides para uma visita a loja de conveniência ao lado do prédio da La Gracia; é preciso por cafeína para correr nas veias e desanuviar-se um tanto. Na companhia de colegas de agência, falamos sobre temas aleatórios, sorvendo o heróico líquido negro a volta da mesa. Eu me afasto para pegar mais açúcar e é então que meus quase um metro e noventa colocam minha cabeça em choque com um móbile publicitário instalado no local…

Ou será o móbile ainda o meu slide? Não, não. Eu saí da minha mesa e estou na rua.

Porque o móbile trás estampada uma imagem da mesma garota que a pouco abandonei em meu layout. Um tanto de esforço mental, e me recordo que a mesma garota aparece sorridente em uma paisagem tropical no anúncio de pacotes de viagem que vi pela manhã no metrô… E fazendo uma escavação mais profunda em meus arquivos mentais, eu recordo tê-la visto em mais e mais ocasiões…

A narrativa acima ilustra somente um dos problemas correntes a quem depende do uso de bancos de imagem. Situações como essas até geraram uma espécie de piada interna na La Gracia: são as musas do banco de imagem; Faces absurdamente correntes em tudo quanto é veículo de comunicação.

A faca de cozinha, em resumo, é um objeto destinado as nobres finalidades culinárias. Nas mãos de um tal Norman Bates, o aparato culinário ganhou finalidades aterradoras. A mesma analogia pode ser empregada quando o tema é uso de imagens de banco; é preciso manuseá-las com apreço.

Logo abaixo, listo alguns correntes maus usos deste recurso tão habitual ao universo do design de apresentações.

Pronto para o consumo
19_sobre-o-garimpo-de-imagens-1

Você tem uma ideia. Você vai ao banco de imagem. Você encontra uma imagem que ilustra perfeitamente sua ideia. Provavelmente sua ideia é um clichê. Inconsciente coletivo, chame do que você quiser, mas se essa ideia foi a sua primeira, provavelmente foi a de muitas outras pessoas. Não corra o perigo de ver o apresentador seguinte usando a mesma imagem e a mesma frase que você utilizou. Apertos de mão para falar de compromisso, alguém?

E, ao falar de elementos prontos para o consumo, é sempre recomendável um olhar apurado na escolha de fotos com emprego de montagens e efeitos de Photoshop, pois muitas vezes bom senso não está dentre as qualidades da curadoria do banco de imagens.

Albinópolis não é aqui19_sobre-o-garimpo-de-imagens-2

É importante utilizar imagens de pessoas que despertem no público empatia e familiaridade. Embora sejamos um país multi étnico, vale lembrar que, por mais que um brasileiro seja branco, em geral ele ainda guarda certa dosagem de melanina – Sim, nós temos Sol!

Essa imagem é muito banco de imagem19_sobre-o-garimpo-de-imagens-3

Fotos com aparência espontânea e livre enriquecem seu layout e geram um resultado mais leve e simpático para vista. Infelizmente, muito do material encontrado nos bancos passa longe disso.

Por mais que seja complicado encontrar algo que fuja da atmosfera pasteurizada de luzes de estúdio, atolo de maquiagem, sorrisos forçados e afins, vale a pena garimpar um tempinho a mais em busca de uma imagem próxima à descrição acima.

Colcha de retalhos pode ser boa no inverno19_sobre-o-garimpo-de-imagens-4

A mesma afirmação não deve ser levada em consideração quando o tema é aglutinar imagens para sua apresentação. A sensação de unidade na distribuição de fotos dentro de seu layout ajuda a acentuar a ideia de continuidade e permanência do tema abordado. Se você pretende usar imagens feitas em estúdio com fundo branco, tente encontrar imagens similares para o resto de sua apresentação. Atente-se para a luminosidade, cores etc. Com isso, cria-se a ideia de que foram compostas especialmente para o seu propósito; soma-se valor a composição quando se tem algo com toque de exclusividade – no caso, um ensaio feito para sua apresentação.

Humanize as
apresentações, as
relações e o aprendizado
na sua empresa.

Fale com a gente

Veja também

ESTÉTICA OU DESIGN?

Ao achar uma cadeira ou um slide feio, podemos nos equivocar dizendo que não gostamos do seu design. Isso acontece pois ao pensar na palavra DESIGN, é muito comum achar que estamos falando de estética. Mas o princípio básico do DESIGN é resolver problemas, por meio de boas escolhas, que geram boas experiências. Quer ver como?

Ler mais

O dia perfeito!

São 5h e Ana já está de pé, fazendo o café da manhã para a Carol, sua filha de 10 anos. Hoje Ana acordou diferente dos outros dias. Ela está com um certo brilho nos olhos, mais feliz! A ansiedade “de cada dia” ainda continua lá, mas agora é diferente, porque dessa vez o sentimento de preocupação acordou com uma dose extra de empolgação.

Ler mais

Presta atenção aqui um minutinho?

Pedindo assim, talvez eu consiga prender a sua atenção, mas não garanto que realmente seja mais do que apenas um minutinho, afinal a atenção é um artigo valiosíssimo, com pouca oferta e alta procura. Em algum momento vamos precisar olhar pra essa escassez, mas por hora, vamos ao texto…

Ler mais

Lidando com os erros

Na 4ª história da nossa série “Comunicação Humanizada”, Joy nos conta sobre quando, no início de sua carreira, realizou o sonho de trabalhar em uma grande agência de propaganda em São Paulo. Apesar do sucesso inicial, seu perfeccionismo a levou dizer muitos “sins” e cometer erros no trabalho. Foi nesse momento, que ela recebeu um feedback negativo e uma ordem de demissão que botou tudo a perder.

Ler mais

Sebastião e o casamento

E isso mexe muito comigo, sabe, Ed? Porque as pessoas não conseguem se comunicar com outras porque elas não aprenderam como fazer isso, porque elas não conhecem caminhos para se conectar, entende? E é uma coisa que nós estudamos, nós vemos que apesar de simples na teoria, não é nada simples na prática, porque somos feitos de emoções, sentimentos, histórias e experiências únicas.

Ler mais